PROTESTO

Manifestante suspeito de atear fogo em estátua tem prisão temporária decretada

Apesar de não ter marcado presença no ato político, Gessica de Paula, esposa de Paulo Galo também foi presa

Amanda Oliveira
postado em 28/07/2021 19:11
 (crédito: Reprodução/ Instagram)
(crédito: Reprodução/ Instagram)

A Justiça do Estado de São Paulo decretou, nesta quarta-feira (28/7), a prisão temporária de Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como "Paulo Galo", acusado de atear fogo em uma estátua do bandeirante Borba Gato durante manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O ato foi realizado no último sábado (24/7), em São Paulo.

A decisão foi anunciada nesta tarde após o entregador de aplicativos ter se apresentado espontaneamente ao 11º Distrito Policial de Santo Amaro. "Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres", disse na ocasião.

Além dele, o militante Danilo Oliveira também compareceu ao 11º DP para auxiliar nas investigações e assumir sua participação no ato. No entanto, não teve mandado de prisão expedido contra seu nome.

Segundo a defesa, apesar da esposa dele, Gessica de Paula da Silva Barbosa, não ter participado do ato político, sua prisão também foi decretada. “Não conseguimos compreender, do ponto de vista jurídico, encontrar uma fundamentação para isso”, ressaltou o advogado Jacob Filho.

Em nota divulgada nas redes sociais, Galo, que também é líder do grupo ‘Entregadores Antifascistas’, informou que, além de anunciar a prisão temporária por cinco dias, os policiais também cumpriram uma ordem de busca e apreensão em sua casa.

Em seu twitter, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o caso. “É de se impressionar a rapidez com que o Estado manda prender alguém por queimar uma estátua, mas até hoje não conseguiu descobrir quem lançou uma bomba no Instituto Lula, quem atirou contra o ônibus da caravana e quem mandou matar Marielle Franco”.


Até o fechamento desta matéria, o episódio foi citado nas redes sociais mais de 26 mil vezes por meio da hashtag #LiberdadeParaGaloEGessica.

O caso 

O grupo Revolução Periférica publicou e assumiu a autoria do incêndio. Nas imagens divulgadas na internet com a legenda “O dia em que o morro descer e não for Carnaval", é possível visualizar em meio às chamas pneus dispostos na base do monumento localizado na Avenida Santo Amaro, na capital paulista.

No domingo (25/7), o motorista de ônibus que teria transportado os pneus até o local foi detido, mas liberado em seguida. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) comunicou que daria seguimento às investigações “para identificar e responsabilizar os demais envolvidos no caso".

 

Até o fechamento desta matéria, o episódio foi citado nas redes sociais mais de 26 mil vezes por meio da hashtag #LiberdadeParaGaloEGessica.

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