O presidente Jair Bolsonaro confirmou que vai apresentar, nesta quinta-feira (29/09), a comprovação de que, em 2018, ele ganhou no primeiro turno das eleições presidenciais. E disse que vai mostrar que as urnas eletrônicas “estão ultrapassadas” e de que o voto impresso é mais seguro.
Bolsonaro atacou mais uma vez o atual sistema eleitoral durante entrevista à Rede Nordeste de Rádio. “Nós queremos eleições democráticas, com a comprovação do lado da urna. O eleitor digita o nome e uma maquininha imprime. O voto eletrônico é de 1996. Não modernizou. Quero um sistema eleitoral, porque quando o voto for para a urna, o candidato... dele não ser manipulado”, afirmou o presidente.
Bolsonaro explicou que tem a “minutagem” de dois momentos: das eleições de 2014 e de 2018. “Em 2018, vamos demonstrar que nós ganhamos as eleições no primeiro turno”, anunciou. Em 2014, segundo ele, “conseguimos apurar de minuto a minuto, deram 231 minutos”, da disputa entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). “Quem entende de estatística vai entender o que aconteceu”, prometeu Bolsonaro.
Quanto a 2018, há “indícios fortes de manipulação”, segundo o presidente. Bolsonaro mencionou o suposto intuito de influenciar a opinião pública com a divulgação constante de, a princípio, 80% dos votos do Nordeste, “onde Lula é forte”, e 20% do Sudeste, onde ele venceu. “Esse sistema eletrônico carece em muito de confiabilidade”, reiterou.
Intenções de voto
Ele falou também sobre pesquisas recentes de intenção de voto que indicam que o candidato do Partido dos Trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva, ganha com mais de 40% no primeiro turno e com mais de 60% da preferência dos eleitores, no segundo turno. “Se está eleito, por que ele é contra o voto impresso?”, questionou Bolsonaro.
Ele acabou por citar o nome do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Roberto Barroso, que o pressiona para que prove as acusações contra o voto eletrônico e reiterou que “o voto impresso dará a vitória a quem realmente votou”.
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