A cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 e senadores da CPI que integram o grupo de parlamentares de oposição ou independentes ao governo definiram no último fim de semana um calendário prévio de oitivas da primeira semana após o recesso de 15 dias. A intenção é continuar apurando as suspeitas relativas às negociações de aquisição de vacinas contra o novo coronavírus.
Por isso, a CPI deve ouvir no dia 3 de agosto, primeiro dia de retorno, o reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah). Ele foi citado pela primeira vez na comissão pelo cabo da Polícia Militar Luiz Paulo Dominghetti, que levou à oitiva uma denúncia de pedido de propina de US$ 1 por dose, solicitada, segundo ele, pelo ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias, exonerado após o escândalo.
Dominghetti é apontado como sendo vendedor autônomo de vacinas pela empresa americana Davati Medical Supply. Ele disse que chegou ao ministério por intermédio da Senah. O reverendo foi citado pelo representante da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho, que também prestou depoimento à CPI.
Na quarta-feira (4/3), a comissão deve ouvir o sócio administrador da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano. Ele foi convocado há algum tempo, e o depoimento chegou a ser desmarcado, pois ele informou que havia acabado de chegar de uma viagem da Índia e que precisaria cumprir quarentena.
Depois, a comissão definiu que o depoimento dele seria no dia 14 de agosto, após oitiva da diretora-executiva Emanuela Medrades. Por impossibilidade de ouvir os dois no mesmo dia, em razão da quantidade de senadores inscritos para perguntas, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), passou o depoimento para agosto.
Na quinta-feira, dia 5 de agosto, os senadores querem ouvir Túlio Silveira, advogado da Precisa. Sua convocação foi aprovada em junho. Ele também teve quebra de sigilo telefônico e telemático aprovados pela comissão. As informações já chegaram à CPI.
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