O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, nesta sexta-feira (23/7), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19. O mandatário comentou a denúncia do cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominghetti Pereira, de que teria recebido do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, pedido de propina de US$ 1 por dose ao tentar vender 400 milhões de doses da vacina da Astrazeneca ao governo federal. O cabo se apresenta como vendedor autônomo da empresa norte-americana Davati Medical Supply. O presidente ironizou: "é mais fácil acreditar em Papai Noel, Chapeuzinho Vermelho e Saci Pererê do que no cabo". E reiterou, em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, que a venda não foi concretizada.
"Não gastamos um centavo. Picareta tentando vender vacina tem no mundo todo. Quem quiser acreditar no cabo da PM de Minas que tinha 400 milhões de vacina para vender, acredite. Tem Papai Noel também, é mais fácil acreditar em Papai Noel, Chapeuzinho Vermelho, Saci Pererê do que no cabo. Alguém vai tratar de propina no restaurante? Geralmente, a gente ouve falar que se trata dentro da piscina, pelado. 'Ah, Pazuello gravou uma reunião com empresário.' Quase todo dia eu me reúno com empresário. 'Ah, tava tratando de vacina, não sei o que.' Ué, a reunião não foi com ele, foi com o secretário dele. Ele foi lá e cumprimentou o pessoal. E não foi aceita aquela proposta", defendeu o mandatário, citando vídeo no qual o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello aparece em reunião com empresários que buscavam vender imunizantes.
"Agora que eu vi que eles estavam discutindo era o seguinte: eles ofereceram uma vacina com o preço lá em cima, com metade do pagamento adiantado. É estratégia, pô, né? Com toda certeza, a segunda reunião, caso tivesse, a gente diminui o preço da vacina e você dá metade adiantado. Estaria procurando os vendedores da vacina até hoje", riu.
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