O presidente Jair Bolsonaro enviou ao Senado pedido de aprovação para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, seja reconduzido ao cargo. Com isso, o procurador poderá ficar mais dois anos a frente do Ministério Público Federal (MPF).
Com a decisão, o presidente ignora lista tríplice enviada ao governo pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), com nomes que poderiam ser indicados para conduzir a Procuradoria-Geral da República. Aras precisa de aval do Senado para permanecer no posto.
Desde que entrou no cargo, Augusto Aras se alinhou ao governo, evitando processos e denúncias contra o presidente e sendo acusado por colegas de se omitir diante de omissões em relação ao combate à pandemia de covid-19.
No MPF, o governo tem forte resistência, e atualmente, de acordo com procuradores, existe um clima de maioria de oposição às políticas e ações de governo. Aras vem perdendo força e deixou de ter maioria de aliados no Conselho Superior do Ministério Público.
Em mensagem publicada após o anúncio do presidente, Aras se disse honrado com a decisão. "Honrado com a recondução para o cargo de procurador-geral da República, reafirmo meu compromisso de bem e fielmente cumprir a Constituição e as leis do país". Ele precisará passar por nova sabatina com os senadores, que podem aprovar ou vetar a recondução.
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