O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, afirmou nesta terça-feira (20/7), durante evento em homenagem a Alberto Santos Dumont, na Base Aérea de Brasília, que o país precisa de "homens públicos com coragem moral e ética". No discurso, repleto de indiretas, o general destacou ainda que "o Brasil sempre poderá contar com seus militares" e ressaltou que "o verdadeiro e Supremo soberano é o povo brasileiro".
"O Brasil sempre contou e sempre poderá contar com seus militares. A Defesa e as Forças Armadas permanecem focadas na preservação dos mais caros valores nacionais e no propósito de atuarem como vetores de estabilidade institucional, garantidora da soberania nacional, da integridade territorial da manutenção da paz e da liberdade do nosso verdadeiro e Supremo soberano, o povo brasileiro", disse.
"Assim é a nossa história, repleta de exemplos de heróis nacionais, corajoso, com grandeza de caráter e empreendedores, que nos legaram raízes e valores e não exigem a condução e a transmissão às gerações futuras a despeito dos obstáculos que são interpostos. Seguindo essa tradição, precisamos de homens públicos, com coragem moral e ética, que compreendam os papéis das institucionais nacionais para que as ações sejam sinérgicas e os resultados sejam efetivos para um Brasil maior", concluiu.
O presidente Jair Bolsonaro também participou da solenidade de aniversário de 148 anos de Alberto Santos Dumont, patrono da aeronáutica, mas não discursou. Foram entregues medalhas de honra ao mérito a parlamentares, civis e militares que prestaram serviço à sociedade.
No último dia 9, Braga Netto discursou durante entrega de espadins aos cadetes da Força Aérea Brasileira (FAB) em Pirassununga, São Paulo. Em sua fala, pediu para que os formandos confiassem em seus superiores e na corporação e relatou que "vivemos em tempos de desinformação".
As declarações reiteradas do general ocorrem em meio à denúncias de envolvimento de militares em irregularidades no contrato de compra da vacina indiana Covaxin. Durante uma sessão, o presidente da CPI, Omar Aziz afirmou que "membros do lado podre das Forças Armadas" estão envolvidos com fraudes.
Em nota assinada pelo ministro da Defesa, general Braga Netto, pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio; da Marinha, Almir Santos; e da Força Aérea, Carlos Baptista Júnior, os militares repudiaram "veementemente as declarações do presidente da CPI da Covid" e relataram que "não aceitarão qualquer ataque levado às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro".
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