O presidente Jair Bolsonaro deu entrada nesta quarta-feira (14/07) no Hospital das Forças Armadas (HFA) com dores abdominais e uma crise de soluço persistente. Em meio aos exames aos quais está sendo submetido, ainda é avaliada a necessidade de uma possível cirurgia de emergência. Essa seria a sétima cirurgia realizada pelo chefe do Executivo após a facada recebida em 2018, durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora (MG). A última, foi realizada no dia 25 de setembro, para a retirada de um cálculo vesical.
O cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou Bolsonaro no episódio da facada, veio de São Paulo para avaliar o quadro do presidente, que pode passar por um procedimento cirúrgico emergencial.
Em 16 de abril, em conversa com apoiadores, o mandatário já havia comentado que precisaria se submeter a um novo procedimento. "É verdade que o senhor vai passar por uma nova cirurgia?", perguntou um eleitor bolsonarista. "Está muito curioso, hein, cara?" respondeu Bolsonaro. "Eu estou ficando muito barrigudo aqui. Acho que vai ser lipoaspiração. Pega mal, né? Botox. É ou não é? Pega mal".
"Talvez, neste ano, mais umazinha aí. Mas é tranquilo, hérnia. Eu tenho uma tela aqui na frente, está saindo o bucho pelo lado. Então, tenho que botar uma tela do lado também", relatou.
Segundo nota divulgada mais cedo pela assessoria palaciana, Bolsonaro deu entrada no hospital de madrugada por uma orientação da equipe médica para investigar a causa dos soluços persistentes há 12 dias e deverá ficar sob observação entre 24 e 48 horas, não necessariamente no hospital. Ainda segundo o documento, o presidente “está animado e passa bem”.
A agenda oficial do presidente foi cancelada. Às 11h, a previsão era de um encontro com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Segundo o magistrado, o encontro ocorreria para "combinar balizas sólidas para a democracia", após o mandatário ter subido o tom contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Roberto Barroso, por conta do projeto do governo sobre o voto impresso. Ele chegou a dizer ainda que as eleições de 2022 poderiam não ocorrer caso o voto impresso não fosse implementado. O encontro deverá ser reagendado.
Bolsonaro também participaria, às 8h, de uma reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19. Às 10h, no Palácio do Planalto, ele participaria do lançamento de um programa chamado Ações para o Novo Ensino Médio.
Veja abaixo o histórico de cirurgias do presidente:
6 de setembro de 2018 — Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (MG) - Operação de urgência após ser atacado por uma facada de Adélio Bispo, em ato de campanha.
12 de setembro de 2018 — Hospital Albert Einstein, em São Paulo - Cirurgia de emergência em razão de uma complicação causada pela aderência das paredes do intestino.
28 de janeiro de 2019 — Hospital Albert Einstein, São Paulo - Retirada da bolsa de colostomia.
8 de setembro de 2019 — Hospital Vila Nova Star, São Paulo - Cirurgia para correção de uma hérnia incisional na região da área atingida pela facada.
30 de janeiro de 2020 — Hospital das Forças Armadas (HFA), Brasília - Vasectomia - Foi a segunda vez que ele passou pelo procedimento médico de esterilização para homens que não desejam ter mais filhos biológicos.
25 de setembro — Hospital Albert Einstein, São Paulo - Retirada de cálculo da bexiga.
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