INVESTIGAÇÃO

Fux se prontifica a receber senadores da CPI para explicar limites de HC

Em oitiva,diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, se negou a responder questões básicas, como qual o vínculo empregatício com a empresa

Renato Souza
postado em 13/07/2021 13:52
 (crédito: Nelson Jr./SCO/STF)
(crédito: Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), se prontificou a receber senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 para explicar os limites de um habeas corpus concedido a Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos. A depoente se recusou, nesta terça-feira (13) a responder perguntas básicas, como qual o vínculo empregatício dela com a empresa que intermediou a compra da vacina indiana Covaxin.

Na prática, orientada pela defesa, Emanuela inviabiliza seu depoimento à comissão. No habeas corpus, Fux autoriza que a diretora da Precisa permaneça em silêncio em relação as perguntas que possam incriminá-la. Ela foi convocada pela CPI como testemunha. No entanto, na véspera do depoimento, Emanuela foi ouvida pela Polícia Federal no inquérito que investiga o caso.

A defesa alega que o fato da depoente ser investigada na PF a impede de depor na comissão. Parlamentares estranharam o fato da Polícia Federal ouvir a testemunha um dia antes da ida dela ao Senado - e nos bastidores se sugere uma tentativa da PF de esvaziar as investigações da CPI.

Fux se prontificou a receber os senadores pessoalmente, mas a conversa também pode ocorrer por telefone. A comissão aprovou o envio de um requerimento ao Supremo para que o magistrado explique quais as circunstâncias da decisão. A resposta também deve ocorrer ainda nesta terça-feira.

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