O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta segunda-feira (12/7) que haverá fraude nas eleições, caso não seja adotado o voto impresso. Apesar disso, relatou que "não quer brigar com ninguém". A declaração foi feita a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
O mandatário comentou ainda sobre a realização da Copa América no país. No final de junho, o Ministério da Saúde divulgou 198 casos de covid-19 entre pessoas que trabalharam na realização dos jogos no Brasil. Foram 57 entre jogadores e membros das delegações, 137 entre prestadores de serviços e quatro da Conmebol, que inclui equipe de arbitragem, médicos e logística. Além disso, uma reportagem da Folha de S. Paulo revelou que os torneios trouxeram pelo menos uma nova variante do coronavírus para o país, como a B.1.621.
"Vocês lembram quando eu decidi que a copa poderia ser feita no Brasil, o que o Renan falou? "A Copa das mortes", lembram? Bem, passaram-se 30 dias, o número de óbitos caiu bastante, de infectados também. As narrativas deles não se sustentam, tá certo? Eu não quero brigar com ninguém".
"Nós todos queremos eleições limpas e transparentes. Porque, se não for assim, não é eleição, isso é fraude. Vamos fazer de tudo para que nós tenhamos eleições limpas e transparentes, para o bem do Brasil. Se não for assim, é sinal de que já está escolhido quem vai nos comandar. E as pessoas que chegam na fraude não tem compromisso com vocês. Não sou Jairzinho paz e amor", emendou.
Bolsonaro ainda rebateu pesquisa do Datafolha e disse que, caso as pessoas acreditem nos dados, não precisam votar no próximo ano, pois o ex-presidente Lula já estaria eleito.
Acusações a instituto de pesquisa
"Acredita em pesquisa? Se bem que o Datafolha acho que recebeu pouca grana dessa vez, disse que no segundo turno o Lula tem 60%, então tem que botar mais um dinheirinho no Datafolha pra passar pra 70%, 80%". "Quem sabe que quem confia no Datafolha nem vá votar, já tá eleito mesmo. O Datafolha disse em 2018 que eu perderia pra todo mundo, até para o Cabo Daciolo, com todo respeito ao Cabo Daciolo, conversei poucas vezes com ele. Essa é a vida, pessoal."
O presidente ainda falou em "boicote" e afirmou que esperava ter “mais gente importante” do seu lado, mas não detalhou a quem se referia.
"Eu tô indo agora trabalhar, os problemas fazem parte, sabia que ia ser difícil, mas esperava contar com mais gente importante do meu lado. Lamentavelmente muita gente importante aí boicota, mas Deus é brasileiro, o papa é argentino, mas Deus é brasileiro", concluiu.
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