O receio da existência de um áudio do presidente Jair Bolsonaro em conversa com o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, continua rondando o Planalto. Ontem, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) publicou em seu Twitter que a gravação “são 50 minutos de muita informação e baixaria”. “Próximos dias prometem!”, escreveu.
Em depoimento à CPI, Luis Miranda afirmou que ele e o irmão relataram a Bolsonaro as suspeitas em relação à negociação da vacina indiana Covaxin. O presidente teria dito, então, que parecia ser “rolo” do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Desde então, esperava-se que o chefe do Executivo desmentisse os irmãos Miranda, mas isso não ocorreu. A falta de ação do presidente, que costuma responder a qualquer citação ao seu nome de forma rápida e dura, levantou suspeitas de senadores da CPI e de deputados de que Bolsonaro tema haver, de fato, o áudio. Luis Miranda nunca confirmou a existência, mas já insinuou que seu irmão pode ter gravado. A assessoria do deputado disse, ontem, desconhecer o assunto.
Um parlamentar disse ao Correio que, nos bastidores, a informação é de que o áudio existe, e Miranda mostrou parte dele a deputados do PP, para mandar um recado a Bolsonaro. Teria havido, inclusive, uma reunião num apartamento em Brasília, quando o parlamentar teria mostrado a gravação. Com o presidente em silêncio há 14 dias sobre o assunto, a suspeita se torna ainda mais forte.
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