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Bolsonaro volta a atacar eleições: "A fraude está no TSE"

"Não tenho medo de eleições, entrego a faixa para quem ganhar. No voto auditável e confiável. Dessa forma (que está), corremos o risco de não termos eleições no ano que vem", disse o presidente

Ingrid Soares
postado em 09/07/2021 12:01 / atualizado em 09/07/2021 12:41

Sem apresentar provas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a indicar fraude nas eleições. Segundo o chefe do Executivo, a fraude está no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), comandado pelo ministro Luís Barroso. O mandatário criticou duramente o magistrado, chamando-o de "idiota" e "imbecil". A declaração foi feita nesta sexta-feira (9/7), a apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada.

"Nós vamos ter eleições limpas, pode ter certeza. Se eu não participar de fraude, não quer dizer que eu vou ficar em casa. Não teremos eleições fraudadas nas eleições de 2022."

"Pessoal, presta atenção. É sério o que vou falar aqui. Tem muita gente filmando, então tem repercussão. Lá atrás, no passado (tô com 66 anos), sempre se buscava fraudar de uma forma ou outra as eleições, papel, botando mesário para contar voto favorável a ele, anulando votos de quem não interessava. Porque é a luta do poder. Hoje em dia, mudou. É de cima para baixo. A fraude está no TSE, para não ter dúvidas. Isso foi feito em 2014. Em 2014, se mostrou a apuração minuto a minuto", alegou.

Em seguida, o mandatário tentou explicar como ocorreu a fraude comparando a um jogo de cara ou coroa. "Obviamente vocês não tiveram acesso. E, minuto a minuto, no segundo turno, Aécio Neves. Começou Aécio Neves lá em cima e Dilma lá embaixo. E, com o tempo, essas curvas foram se cruzando até que se estabilizaram na horizontal com a Dilma na frente. O minuto a minuto, por 271 (mil) vezes consecutivas, minuto a minuto, dá quatro horas e pouco. Momentos antes das curvas se tocarem, era "Dilma ganhou, Aécio ganhou, Dilma ganhou, Aécio ganhou", por 271 (mil) vezes. É vocês jogarem uma moeda 271 (mil) vezes e dar cara ou coroa, cara ou coroa. Isso deve ser a quantidade de átomos aqui na terra. Então isso é fraude. É roubalheira", disparou.

Ataques a membros da CPI e críticas a pesquisas

O presidente atacou ainda membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, como o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e ainda fez menções ao ex-presidente Lula, chamando-o de nove dedos e afirmando que ele vencerá as eleições apenas por meio de fraude. "Vocês acham que Renan Calheiros, por exemplo, se pudesse fraudar a votação, ele fraudaria, pelo caráter que ele tem? A única forma de bandidos como Renan Calheiros se perpetuarem na política, entre outros que estão do lado dele, o nove dedos, é na fraude."

O presidente ainda atacou o presidente da comissão, Omar Aziz. "Votar em Omar Aziz... quem vota em Omar Aziz ou é ignorante, ou nasceu naquele lugar. Um cara que desviou 260 milhões da Saúde, investigando a Saúde. Olha pessoal, não foi comprado nada. Então não tem corrupção, ninguém engravida por pensamento quem quer que seja, a não ser Renan Calheiros, que tem um filho com a amante. Esse é um perfil daqueles que estão na CPI. Não todos, né. Desse G7 lá".

Ele destacou que passa a faixa presidencial para quem vencer, desde que as eleições sejam auditáveis. Caso contrário, "corremos o risco de não termos eleições no ano que vem". Bolsonaro relatou também o caso do contrato da vacina Covaxin e completou que as pesquisas feitas por institutos que apontam vantagem de Lula no segundo turno são fraudadas.

"Não tenho medo de eleições, entrego a faixa para quem ganhar. No voto auditável e confiável. Dessa forma (que está), corremos o risco de não termos eleições no ano que vem. Se essa cambada voltar ao poder... vocês toda semana tinham dois, três casos de corrupção. Comigo, agora, o terceiro escalão teria negociado comprar vacina, "teria", não foi gasto um centavo, e bate em cima disso. Aí vem o instituto de pesquisas, fraudados também, botando o nove dedos lá em cima. Para que? Para ser confirmado o voto fraudado no TSE. Não estou culpando todos os servidores do TSE, mas a cabeça ali, tem algo porque eles não querem o voto auditável."

 

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