O senador Alessandro Vieira (Cidadania) informou que vai protocolar, até fim desta segunda-feira (5/7), pedido para instalação da CPI da Rachadinha. A decisão ocorre após se tornar pública uma gravação em que Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada do presidente Jair Bolsonaro, afirma que ele sabia e cobrava parte do salário dos assessores de seu gabinete quando era deputado federal, entre 1991 e 2018.
A comissão também investigaria outros acusados da mesma prática. O senador destacou que as novas revelações são graves e precisam ser apuradas. “Os fatos são gravíssimos e exigem apuração. O Senado tem legitimidade e estatura para fazer essa investigação, mesmo em um momento tão difícil da nossa história”, diz.
Para o parlamentar, as diligências devem ocorrer independentemente de quem está envolvido. "Ninguém está acima da lei. Os fatos narrados são graves e exigem apuração imediata", completa.
A participação de Jair Bolsonaro foi revelada pelo portal Uol. De acordo com a reportagem, Bolsonaro demitiu um ex-assessor por não repassar integralmente a propina cobrada. No Judiciário, a prática conhecida como rachadinha é enquadrada no crime de peculato, que pode render de 2 a 12 anos de prisão, e geralmente é acompanhada do agravante de formação de quadrilha e organização criminosa.
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