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CPI da Covid: 'Não sou esse parlamentar citado', diz Ricardo Barros

Pelo Twitter, o líder do governo na Câmara também negou ter indicado servidora que assinou liberação do Ministério da Saúde para autorizar importação da Covaxin

O líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), negou ser o responsável pelo "rolo" envolvendo a contratação da Covaxin pelo governo federal. O pronunciamento feito pelas redes sociais ocorre minutos depois do deputado Luis Miranda (DEM-DF) revelar, na sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, desta sexta-feira (25/6), o nome de Barros como o parlamentar mencionado pelo presidente Jair Bolsonaro em reunião com Miranda.

"Não participei de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas Covaxin. Não sou esse parlamentar citado", escreveu Barros, afirmando que "a investigação provará isso". O parlamentar disse, ainda, que não é verdade que teria indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). "Não tenho relação com esse fatos". Minutos depois, ele fez um novo post em que afirma estar "à disposição para qualquer esclarecimento". O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou que a CPI convocará deputado.

A servidora citada foi quem assinou a autorização de importação da vacina indiana quando o irmão do deputado e técnico, Luis Ricardo Miranda, se recusou a ceder a “pressões anormais” feitas pela alta cúpula da pasta, como ele revelou ao Ministério Público Federal (MPF). Randolfe trouxe à sessão o fato de Regina ter sido nomeada por Barros, em 2018, à época em que ele era o ministro da Saúde.

Bolsonaro disse que suspeitas sobre Covaxin era “rolo” de Ricardo Barros, afirma Miranda

O nome de Ricardo Barros (PP-PR) foi confirmado por Luis Miranda após muita insistência dos senadores que compõem a CPI. O presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM) chegou a ironizar a recusa de Miranda em revelar quem era o parlamentar citado pelo presidente da República. "Quer tomar água e café para lembrar? Um remédio para memória?", questionou, completando que o deputado jurou dizer a verdade. "Não pode mentir."

Minutos depois, a resposta veio com a pressão feita pela senadora Simone Tebet (MDB/MS), que garantiu que, caso o deputado revelasse o nome, não sofreria sanções. “Não se preocupe com o Conselho de Ética da Câmara", disse.

Segurando o choro, Miranda afirmou, após confirmar o nome de Ricardo Barros, que os senadores não sabem o que ele vai "passar por apontar" indícios de envolvimento de corrupção do presidente, "que todo mundo defende como uma pessoa correta e honesta". "Que presidente é esse que tem medo da pressão de alguém que está fazendo algo errado, que desvia dinheiro público das pessoas que morreram com a p* desse covid”, declarou Miranda, exaltado. 


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