O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender nesta terça-feira (22/6), durante solenidade do Plano Safra 21/22, no Palácio do Planalto, a aprovação do voto impresso. O mandatário ainda incumbiu o ministro da Economia, Paulo Guedes, a conseguir verba para fazer com que o voto auditável seja realidade ainda em 2022. O chefe do Executivo citou o nome da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), presente no evento.
"Bia Kicis é a autora da PEC do voto auditável que dará transparência e confiabilidade nas eleições de 2022. Dizer ao Lira (Arthur Lira, presidente da Câmara), meu velho colega de Progressistas, se a Câmara e o Senado aprovarem essa PEC e ela for promulgada, nós teremos voto impresso em 2022. A democracia não tem preço, sempre me falaram isso. Tenho certeza que, pela primeira vez, vão falar que o Paulo Guedes vai cumprir uma ordem minha, porque sempre eu discuto com ele. Paulo Guedes: se passar você vai arranjar recurso para que o voto auditável seja uma realidade em 2022. Tá ok, PG?", apontou.
Em live no último dia 17, Bolsonaro alegou que, caso não seja instituído o voto auditável no próximo ano, um dos lados poderia não aceitar os resultados da apuração e "criar uma convulsão no Brasil". O presidente ainda alfinetou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e criticou a aprovação do voto impresso pelo Congresso. Ele considerou a medida como "retrocesso".
Ele já mandou recado ao STF para que a Corte não recorra da medida, caso a mesma passe no Congresso.
"Digo mais: Se o parlamento brasileiro promulgar, teremos voto impresso em 2022. Se vocês promulgarem até o início de outubro deste ano, teremos voto impresso em 2022. Ninguém passará por cima da decisão do parlamento brasileiro. Chega de sermos atropelados. O respeito tem que existir entre todos. Se se acostumaram no que era errado, vamos mudar porque é um clamor do povo e também ser leal ao parlamento brasileiro", declarou na ocasião.
Acusação de fraude
Nas últimas semanas, o chefe do Executivo também voltou a dizer que houve fraude nas eleições de 2018, mas nunca comprovou as acusações.