A Executiva Nacional do PSDB definiu, na tarde desta terça-feira (15/6), as regras para a escolha do candidato do partido à Presidência da República nas eleições de 2022. A decisão pelo nome do partido ao posto de chefe do Executivo se dará pelo voto de quatro grupos, com peso unitário de 25% cada.
Com a decisão, a proposta feita pelo governador de São Paulo e pré-candidato ao Planalto, João Doria, e o aliado, presidente estadual do partido em São Paulo, Marco Vinholi, foi recusada. Assim, o político sofreu a primeira derrota antes mesmo das prévias, que ocorrem em 21 de novembro. Os dois propuseram, na última reunião da Executiva em 8 de junho, que os votos de filiados e mandatários do PSDB tivessem um peso maior, de 50%, do que os outros grupos votantes.
Poderão decidir o candidato do partido filiados (grupo 1), prefeitos e vice-prefeitos (grupo 2), vereadores, deputados estaduais e distritais (grupo 3), e governadores, vice-governadores, deputados federais, senadores, e ex-presidentes e o atual presidente da Comissão Executiva Nacional (grupo 4).
Em nota, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que o próximo passo é fazer "um processo transparente, com qualidade e inovação" e que esse é um momento de "grande demonstração de democracia interna".
Já o coordenador da Comissão das Prévias, José Aníbal, disse que as novas regras farão com que “os pré-candidatos, em condições igualitárias de disputa, saiam em busca da militância do partido”. Qualquer nome filiado ao partido pode se candidatar à Presidência.
De acordo com o colunista de política do Correio, Luiz Azedo, Doria terá problemas em conseguir a maioria dos votos para ganhar as prévias, visto que concorrerá com nomes históricos do partido, como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ou o senador Tasso Jereissati (CE). Sem o peso dobrado para filiados de São Paulo, que aprovam a gestão do governador durante a pandemia, a disputa fica mais difícil para Doria.