O presidente Jair Bolsonaro condecorou o comandante do Exército, general Paulo Sérgio de Oliveira, com o grau mais alto da Ordem do Mérito da Defesa, honraria concedida àqueles que prestam relevantes serviços ao Ministério da Defesa e às Forças Armadas do Brasil. O decreto com a decisão foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) de ontem.
Na semana passada, o comandante se alinhou ao desejo de Bolsonaro e livrou o general da ativa Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, de punição por ter participado de ato político em apoio ao presidente no Rio — o que é proibido pelas normas militares. O comandante concluiu que Pazuello não cometeu “transgressão disciplinar” ao subir em carro de som e discursar em defesa de Bolsonaro. O procedimento administrativo contra ele foi arquivado. Em comunicado oficial, o Exército informou que, no entendimento do comandante, “não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do general Pazuello”.
A condecoração da Ordem do Mérito da Defesa é concedida em quatro níveis em quadro ordinário e em quadro suplementar: grau de Grã-Cruz, grau de Grande-Oficial, grau de Comendador e grau de Oficial. O Diário Oficial de ontem trouxe cinco decretos concedendo a homenagem a várias autoridades, entre militares e civis. Assim como Oliveira, foi promovido ao grau de Grã-Cruz no quadro ordinário da Ordem do Mérito da Defesa o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França.
Entre os homenageados, está, ainda, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que foi admitido, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que foi promovido ao quadro suplementar da honraria. Ministros do governo Bolsonaro também foram homenageados nessas categorias. Todos no grau de Grã-Cruz.
A condecoração reconhece autoridades ou personalidades civis e militares — brasileiras ou estrangeiras — que prestarem relevantes serviços às Forças Armadas do Brasil, além de militares que se destacarem no exercício da profissão.