CPI da Covid

Arthur Lira alfineta prorrogação dos trabalhos da CPI da Covid

Presidente da Câmara reclamou que o Senado está produzindo menos, e afirmou que a Câmara continuará trabalhando normalmente. Sobre a denuncia de prevaricação contra Bolsonaro, parlamentar disse ser necessário esperar uma avaliação da PGR para cumprir o que for decidido

Luiz Calcagno
postado em 29/06/2021 18:42
 (crédito: pablo valadares)
(crédito: pablo valadares)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), alfinetou o trabalho dos senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 ao afirmar que o trabalho no Senado está mais lento por conta do esforço do colegiado. Lira teceu comentários sobre a prorrogação da comissão até novembro próximo na tarde desta terça-feira (29/6). Os trabalhos têm duração de 90 dias, podendo, se necessário, se prolongarem por mais 90 dias.

“A decisão de adiar ou não é dos senadores. O que (a CPI) tem demonstrado até agora é que o Senado está tendo uma produção menor”, disse o deputado. Em seguida, Lira amenizou. “Mas é normal. É do processo democrático. A Câmara continuará trabalhando normalmente”, afirmou o parlamentar.

Lira também falou sobre as declarações do deputado Luis Miranda (DEM-DF), que, juntamente com o irmão, o funcionário do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, denunciou uma suposta tentativa de compra superfaturada da vacina indiana Covaxin. “A declaração do deputado Miranda é dele. A responsabilidade de comprovar o que disse, também. A CPI vai ter possibilidade de caminhar com esse assunto”, comentou.

Sobre a denúncia por prevaricação contra Jair Bolsonaro, que soube da denúncia em março, mas não agiu para deter a compra dos imunizantes a preços além do praticado, Lira disse que somente a Procuradoria-Geral da República poderá se manifestar. “Se a CPI decidiu judicializar a denúncia contra o presidente, ela sai da esfera política e vai para as (esferas) técnica e judicial. É esperar agora as informações que vão para a PGR; e esperar o posicionamento do procurador e acatar o que o procurador decidir”, disse.

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