Sócio da Precisa Medicamento, Francisco Maximiano informou, ontem, à CPI que não poderia prestar depoimento, marcado para hoje, sob a alegação de que está em quarentena por causa de uma viagem à Índia. Segundo a defesa do empresário, ele desembarcou no Aeroporto de Guarulhos no último dia 15, o que o obrigaria a cumprir um isolamento de 14 dias.
“A Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados determinou ao peticionário o cumprimento de quarentena obrigatória pelo prazo de 14 dias, o impossibilitando de se deslocar até Brasília para a sessão a ser realizada no próximo dia 23”, escreveu a defesa de Maximiano, em comunicação ao presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).
A data do depoimento de Maximiano já era conhecida desde a semana passada, mas o ofício com o aviso de que ele não poderia comparecer foi enviado à CPI da Covid apenas ontem. Aziz reclamou na demora. “Poderia ter nos comunicado antes, e a gente teria amanhã (hoje) alguém para estar aqui presente”, disse. “Nós marcaremos para a semana que vem.”
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), destacou “o grau de desrespeito do senhor Maximiano ou de sua defesa para com esta comissão parlamentar de inquérito”. “Bastava essa comunicação ter chegado a esta CPI no dia de ontem (segunda-feira) que, inclusive, as sugestões aqui encaminhadas pelos colegas senadores poderiam ter sido operacionalizadas. Bastava isso”, protestou.
Maximiano foi convocado para prestar esclarecimentos sobre o contrato firmado pela Precisa Medicamentos com o governo federal para a aquisição da vacina indiana Covaxin. A empresa, da qual ele é sócio, é representante oficial da Bharat Biotech, farmacêutica produtora do imunizante.