Política

Ex-comandante da Lava Jato em SP será colunista de site investigado pelo STF

Em entrevistas recentes, a procuradora criticou a composição da CPI da Covid instalada no Senado Federal para investigar a gestão da pandemia pelo governo do presidente Jair Bolsonaro

Agência Estado
postado em 16/06/2021 19:15 / atualizado em 16/06/2021 19:29
 (crédito: Instagram/Reprodução)
(crédito: Instagram/Reprodução)
Ex-coordenadora da Operação Lava Jato em São Paulo, a procuradora regional da República Thaméa Danelon vai estrear como colunista no Terça Livre. O anúncio foi feito nas redes sociais do site bolsonarista comandado pelo blogueiro Allan dos Santos, que é investigado nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.
Em entrevistas recentes, a procuradora criticou a composição da CPI da Covid instalada no Senado Federal para investigar a gestão da pandemia pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Também marcou oposição ao inquérito das fake news, que investiga o novo 'chefe' e outros apoiadores bolsonaristas, por ter sido aberto de ofício pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, com base no regimento interno da Corte. Ainda compartilhou publicações nas redes sociais contra medidas de isolamento social decretadas por governadores para conter o avanço do coronavírus e sobre supostas irregularidades na distribuição de vacinas e na aplicação de recursos recebidos por Estados e municípios na pandemia. A procuradora também costuma republicar postagens da juíza Ludmila Lins Grilo, da Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Unaí, no noroeste de Minas Gerais, que usou a hashtag #AglomeraBrasil e ensinou a burlar o uso de máscaras de proteção facial em locais públicos.
Procuradores podem escrever artigos para veículos de comunicação. Thaméa, inclusive, já colabora para o portal Gazeta do Povo.
O material apreendido pela Polícia Federal nas investigações contra Allan dos Santos, idealizador do Terça Livre, mostra que ele defendeu intervenção das Forças Armadas contra grupos autodenominados antifascistas que protestaram contra o governo e teria feito anotações para 'materializar a ira popular contra os governadores/prefeitos'.
 

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