O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta terça-feira (15/6) que negou o pedido do empresário Carlos Wizard, convocado a prestar depoimento na próxima quinta-feira (17), para que a sua oitiva fosse remota. Caso o empresário não compareça. Aziz afirmou que a comissão tomará as medidas cabíveis. Na semana passada, os senadores afirmaram que poderia haver condução coercitiva de Wizard.
O empresário foi convocado mas, segundo o senador, não havia respondido às tentativas de contato da CPI e estava nos Estados Unidos. Aziz afirmou que depoimento remoto é “incompatível com a dinâmica da CPI, em que se precisa assegurar a incomunicabilidade da testemunha, assegurar que a testemunha permaneça até o final da reunião, dizendo e não calando a verdade, bem como que a testemunha não leia o seu depoimento”.
“Requisitei informações à defesa do convocado: cópia integral do seu passaporte, uma vez que o documento encaminhado só apresenta carimbos e não permite saber se é efetivamente do convocado; e esclarecimentos sobre o recebimento da intimação no endereço do convocado no Brasil — em um primeiro momento, consta dos registros que a correspondência foi entregue ao destinatário. Logo após isso, consta que o destinatário recusou-se a receber a correspondência”, disse.
Wizard foi convocado depois que o seu nome apareceu como um dos supostos integrantes do chamado ‘gabinete paralelo’, que seria um grupo de assessoramento do presidente Jair Bolsonaro que o abasteceria com informações negacionistas no âmbito da pandemia.
"Estudo pararelo"
Sem a presença de Wizard, o plano B da comissão será ouvir o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo. Ele já foi convocado e sua oitiva consta na agenda para quinta-feira (17). O auditor foi apontado como autor de um “estudo paralelo”, no qual sustenta que metade das mortes creditadas à covid-19 não ocorreu por causa da doença.
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