Senado reúne as últimas homenagens

Bruna Lima
postado em 13/06/2021 06:00
 (crédito: Roque de Sá/Agencia Senado)
(crédito: Roque de Sá/Agencia Senado)

Em cerimônia restrita a amigos próximos e familiares, o ex-vice-presidente da República Marco Maciel foi enterrado no final da tarde de ontem na Ala dos Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança. Mais cedo, representantes dos três Poderes acompanharam o velório no Salão Negro do Senado Federal, último local onde o político atuou em sua extensa trajetória. O presidente Jair Bolsonaro decretou luto oficial de três dias “em sinal de pesar pelo falecimento do ex-vice-presidente da República”. Em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB), decretou luto de sete dias.

Entre as autoridades presentes no velório no Salão Negro, estava o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Como representante do Comando do Exército, compareceu o general Richard Fernandez Nunes. O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda também prestou homenagem. A presença de deputados e senadores também marcou a cerimônia.

Terceiro-secretário da Mesa Diretora, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) representou o colegiado. Ao Correio, ele relatou que, em razão da saúde já fragilizada de Maciel, a família estava tranquila, incluindo a viúva, “muito serena e consciente da finitude da vida”. O parlamentar detalhou a importância da participação de Maciel na vida política brasileira. “Ele sempre foi muito discreto, inteligente, com contribuições ao processo de redemocratização do Brasil. Uma pessoa dedicada à vida pública e com uma imagem muito preservada, sempre prezava pela urbanidade e pela civilidade no trato, sem abrir mão das convicções políticas”.

O senador Chico Rodrigues (DEM/RR) definiu Maciel como um dos homens públicos mais respeitados dos últimos tempos. “Era de uma conduta irretocável e deixou um exemplo de vida pública e familiar inesquecível. O Brasil precisa de resgatar várias figuras públicas tão exponencial quanto Marco Maciel”. Também estiveram presentes o senador Izalci Lucas (PSDB/DF) e o deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), que representou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

O arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, presidiu a cerimônia do velório, que terminou por volta das 16h. Ele destacou o caráter conciliador de Maciel e a importância dessa qualidade nos dias de hoje, em uma sociedade polarizada. “Marco Maciel deixou um legado de diálogo. Era um homem que tinha seu partido, mas era capaz de conversar, com uma visão maior na busca do bem comum. Eu diria que ele deixou o legado de um autêntico político”, disse Dom Paulo à Agência Senado.

Carregado pelos Dragões da Independência, o caixão fechado de Marco Maciel foi levado ao carro funerário pelas rampas principais do Congresso Nacional. O ato representou a despedida de um dos grandes personagens da política brasileira.

 

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