O presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em dúvida as eleições de 2018. No Culto Interdenominacional das Igrejas de Anápolis, do qual participou nesta quarta-feira (9/6), o mandatário afirmou que ganhou a corrida presidencial ainda no primeiro turno e que possui provas disso.
"Aconteceu, no dia 6 de setembro, uma tentativa de homicídio em que, segundo os médicos, só não morri por milagre. A faca passou lambendo as veias capitais na região do coração. Ali, aconteceu o primeiro milagre. Não tinha nada para sobreviver, só sobrevivi porque a Polícia Federal, uns 40 (policiais) começaram a me acompanhar. A lei garante uma segurança por parte da PF para os candidatos, e eu era aquela pessoa com muita chance de chegar. Como havia planejamento para o caso de incidente ir ao hospital mais próximo, graças a esse planejamento, também, eu sobrevivi".
Bolsonaro afirmou que uma fraude o jogou para o segundo turno. "Teve um outro milagre, um grupo de médicos estava reunido na Santa Casa de Juiz de Fora, nem estava prevista essa reunião, e eu fui submetido à cirurgia de urgência. Dai se afunilou a campanha. Eu fui eleito no primeiro turno. Eu tenho provas materiais disso. Mas a fraude, que existiu, sim, me jogou para o segundo turno. Outras coisas aconteceram e só acabei ganhando porque tive muito voto, e algumas poucas pessoas que entendiam de como evitar ou inibir que houvesse a fraude naquele momento, nos elegemos", alegou.
Em março, durante viagem aos Estados Unidos, Bolsonaro disse ter provas de fraude nas urnas eletrônicas na eleição de 2018 e apontou ter sido eleito no primeiro turno. "Eu acredito que, pelas provas que tenho em minhas mãos, que vou mostrar brevemente, eu tinha sido, eu fui eleito no primeiro turno, mas no meu entender teve fraude. E nós temos não apenas palavra, nós temos comprovado, brevemente eu quero mostrar", disse o presidente em Miami. Mas, desde então, nunca apresentou nada que indicasse isso, e vem defendendo a aprovação do voto impresso.
Apoio de evangélicos
Em testemunho no culto, o presidente Bolsonaro também reconheceu o papel do setor evangélico em sua eleição. "Fizemos uma campanha. As coisas foram acontecendo devagar, algumas lideranças evangélicas foram ligando para mim. Edir Macedo me ligou, pensei que era trote, assim como outras lideranças evangélicas foram aparecendo, e começou a tomar corpo a coisa".
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