O Tribunal de Contas da União (TCU) vai instaurar um procedimento interno para apurar se houve alguma inadequação na conduta de Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, apontado como responsável pela elaboração de um “estudo paralelo” distorcendo informação sobre o número de mortes no país em decorrência da covid-19. O nome do auditor foi apontado nesta terça-feira (8/6) pelo Blog do Vicente como o realizador do documento.
O “estudo paralelo” foi citado por Bolsonaro na segunda-feira (7/6), para desqualificar a pandemia do novo coronavírus, que matou quase 500 mil brasileiros. No mesmo dia, o TCU foi a público com uma nota desmentindo o presidente e indicando que “não há informações em relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid’”. Ainda na segunda, o presidente assumiu que o “estudo” não pertence oficialmente ao Tribunal de Contas da União.
Nesta terça, o TCU acrescentou que vai instaurar o “procedimento interno para apurar se houve alguma inadequação de conduta funcional no caso”.
Nome do TCU
Mesmo alertado por colegas de trabalho de que estava produzindo informações falsas, o auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques estava disposto a incluir o seu “estudo paralelo” no 6º Relatório de Monitoramento da Covid-19 do Tribunal de Contas da União (TCU), apontam informações do Blog do Vicente.
O novo documento oficial está previsto para ser divulgado na próxima semana. Porém, houve tempo suficiente para que as informações falsas preparadas por Alexandre, de que metade das mortes pela covid-19 não aconteceram, fossem barradas.
CPI da Covid
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 já tem o auditor na mira dos convocados para prestar esclarecimentos no Senado. O senador da oposição Humberto Costa (PT-PE) protocolou, nesta terça, um requerimento para convocá-lo.
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