Após uma longa sessão ouvindo a oncologista e defensora da cloroquina Nise Yamaguchi, o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB/AL), descartou a possibilidade de dar mais espaço para a médica. Ele afirmou, ainda, que pretende tirar de pauta outros convidados com a mesma linha de defesa.
"Não temos mais interesse de ficar dando palco para defesas da cloroquina. A ciência, a academia, a OMS (Organização Mundial da Saúde)... Todo mundo contraria isso", justificou, acrescentando que o que se buscava com a abordagem da temática já foi suficiente para se chegar "às provas que precisávamos acessar".
Segundo Calheiros, o que fica comprovado, com os depoimentos de Yamaguchi, juntamente com o da secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, é que houve "a utilização da cloroquina e dos produtos do tratamento precoce como política pública, gastando dinheiro público, em detrimento da vacinação".
Fato que corrobora para isso, na avaliação de Calheiros, foi a tentativa de burlar a bula da cloroquina, a fim de fazer com que o medicamento fosse indicado para tratar pacientes com a covid-19. "O Brasil ficou exposto a esse tipo de curandeirismo e isso não pode ocorrer. É um atraso civilizatório".
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