A mobilização contra o governo Bolsonaro marcada para este sábado (29/5) mobiliza centenas de participantes que marcham em direção ao Congresso Nacional pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Com o mote Fora, Bolsonaro, centenas de participantes se encontraram em dois pontos do centro da capital. Os que estavam de carro se encontraram no estacionamento em frente ao Palácio do Buriti, às 8h e os que estavam a pé no Museu Nacional, às 9h.
Barreiras policiais foram montadas e bolsas e mochilas foram revistadas a partir da Catedral Metropolitana de Brasilia, na Esplanada dos Ministérios. Manifestantes que carregavam faixas com hastes de madeira ou de cano pvc não foram puderam passar, mas muitos retiraram os cabos e continuaram na marcha.
Com saída programada para às 10h, em direção ao Congresso Nacional, pessoas gritavam e seguravam cartazes com frases pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
As mais de 450 mil mortes registradas por covid-19 desde o início da pandemia no Brasil, o elevado índice de desemprego, a defesa da educação pública, a falta de investimento nas universidades públicas, a aceleração da vacinação contra a covid, o retorno do auxílio emergencial de R$ 600, a luta antirracista, o combate à violência policial e o ataque às privatizações foram algumas das pautas abraçadas pela manifestação deste sábado.
Nalda Heridan, 59 anos, desempregada, levou a sobrinha Fabiane Blenda, 18 anos, para a marcha. “Eu trouxe ela pois acho importante que ela aprenda a lutar pelo que acredita. Esta é a primeira manifestação que ela participa. Estou desempregada, sem renda por causa da pandemia, e vim manifestar a minha revolta tanto pela lentidão da vacinação do povo brasileiro quanto por um auxílio emergencial digno. O valor de R$150 reais é muito pouco neste país em que o preço das coisas está cada dia mais caro,” afirma a moradora de Ceilândia.
Patrícia de Almeida, 43 anos, servidora pública, estava distribuindo cartazes e máscaras descartáveis aos que passavam. “Eu estou aqui fazendo a minha parte, comprei máscaras e luvas descartáveis. Também fiz cartazes para doar em português, inglês e alemão. Estou entregando essas máscaras pois desejo que todos saiam daqui com saúde,” afirmou.
Apesar do fato de que forças da oposição a Bolsonaro discutirem nos últimos meses sobre fazer atos populares em meio à pandemia de Covid-19, o consenso divulgado pelos apoiadores das manifestações foi o de entenderam que o descontrole do vírus e os índices de desemprego e fome exigem a realização de protestos. Reforçando pedidos para que as pessoas que participassem seguissem as recomendações de saúde do uso de máscaras PFF2 (considerada a mais segura por especialistas) e álcool em gel, além do distanciamento social, como forma de proteção contra a covid-19.
Até o momento a manifestação segue pacifica.