Brasília-DF

O PSD monta o time para 2022. Falta o artilheiro

Para quem diz (ainda) que não é candidato a presidente da República, o comandante do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já tem todo um grupo de candidatos a governador montado pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, com toda a disposição de apoiar a empreitada. A lista dos palanques estaduais parte de um triângulo dos votos: de Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte, segue para o Rio de Janeiro, com o prefeito da capital, Eduardo Paes, trabalhando a candidatura do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, ao governo do estado, e chega ao ex-governador Geraldo Alckmin, em São Paulo. De quebra, ainda tem Ratinho Júnior, no Paraná, e Raimundo Colombo, em Santa Catarina.

Conforme registrou a coluna, ontem, é o PSD quem mais está se organizando nos estados para surgir como uma opção ao eleitor que não deseja seguir nem com o projeto do presidente Jair Bolsonaro, nem com o do ex-presidente Lula, e não sente na candidatura de Ciro Gomes, por exemplo, uma força capaz de derrotar os dois.

A vacina tem cor

A pesquisa do DataSenado, realizada de 11 a 13 de maio, mostrou que, entre brancos, 31% declaram já ter tomado alguma dose da vacina contra o coronavírus, enquanto esse percentual é de 22% entre negros (pretos e pardos).

Risco geral

O celular do ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, é visto hoje na Esplanada como algo tão preocupante quanto foi, no ano passado, aquela reunião ministerial a portas fechadas, cujo conteúdo terminou liberado.

Risco pessoal

Até aqui, Salles, segundo informações de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda não entregou o aparelho. Aliados do ministro avisam que ele não deve entregá-lo. Pelo menos, essa era a disposição.

Por falar em STF…

Ninguém aposta um vintém no sucesso do pedido do governo para jogar para escanteio as medidas de distanciamento social adotadas por alguns estados. Em meio ao crescimento do número de casos, os ministros da Suprema Corte não têm como impedir que essas restrições sejam impostas.

Cocar & superstição I/ Reza a lenda da política que políticos que colocam um cocar sobre a cabeça costumam não ter tanta sorte nas urnas. Fernando Haddad (foto) usou um na eleição passada. Em 1994, Lula recebeu o acessório de presente e o eleito foi Fernando Henrique Cardoso. Juarez Távora fez o mesmo, em 1955, e perdeu para Juscelino Kubistchek.

Cocar & superstição II/ O presidente Jair Bolsonaro colocou um cocar na viagem ao Amazonas, esta semana. Como não é ano eleitoral, talvez esteja livre da maldição. José Sarney, que de bobo não tem nada, sempre evitou o uso do adorno. Faltou dar esse conselho ao presidente.

Por falar em cocar.../ ACM Neto não colocou o acessório, mas está difícil unir o DEM num projeto alternativo a Bolsonaro e Lula para 2022. Se continuar assim, vai ter gente deixando a legenda.

Acorda, Brasil/ Com o número de mortes por covid-19 na casa das duas mil por dia, não dá para dizer que o Brasil terá terceira onda da doença. O país simplesmente não saiu da segunda.