O presidente Jair Bolsonaro reclamou da reação do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), à ação apresentada pelo governo à Corte que quer suspender medidas restritivas de lockdown e toque de recolher no Rio Grande do Norte, no Pernambuco e no Paraná.
Segundo o magistrado, o pedido do Executivo é uma "perda de tempo" e "tem conotação política, para atribuir ao Supremo a responsabilidade" de definir qual deve ser o alcança das políticas de confinamento por conta da pandemia da covi-19. As declarações do ministro foram dadas em entrevista à CNN Brasil.
Ao conversar com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, na noite desta sexta-feira (28/5), Bolsonaro criticou Marco Aurélio por ter debochado do governo e disse que o ministro não deveria ter feito o comentário.
“Não sei qual vai ser a decisão do Supremo no tocante a isso. Sei que o Marco Aurélio já debochou da ação. Um ministro não pode prejulgar nada. Eu não sei por que — ele vai embora agora em julho está acabando o tempo dele, 75 anos — agir dessa maneira", disse o presidente.
Bolsonaro ainda provocou o decano do STF. "Agora, quem segura o salário dele (é) a economia que eu segurei com as medidas mais variadas possíveis para que compensar as demissões que iam acontecer em massa", ponderou.