O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa do ex-minsitro da Saúde Eduardo Pazuello por conta da participação do general no ato do último domingo (23/5) pró-governo organizado por apoiadores do chefe do Executivo. Segundo Bolsonaro, o evento "não teve nenhum viés político".
Por conta da presença na manifestação, Pazuello responde a um processo administrativo dentro do Exército. Isso porque o Estatuto Militar e o Código Disciplinar do Exército proíbe que integrantes da Força participem de manifestações políticas.
Em live na noite desta quinta-feira (27), Bolsonaro tentou eximir Pazuello de qualquer culpa. "Foi um encontro que não teve nenhum viés politico, até porque eu não estou filiado a partido político nenhum ainda. Foi um movimento pela liberdade, pela democracia, e apoio ao presidente", disse o presidente.
O chefe do Executivo tem agido para evitar qualquer tipo de punição mais severa a Pazuello. Mais cedo, nesta quinta, ele se reuniu com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e o comandante do Exército, general Paulo Sérgio de Oliveira, para negociar qual deve ser a reação conta o ex-ministro da Saúde.
Apesar da participação pessoal de Bolsonaro na busca por uma solução, o general Paulo Sérgio já avisou que a decisão do Exército não será influenciada por pressões externas.
Pazuello se defende
Também nesta quinta, a defesa de Pazuello enviou ao Comando do Exército a sua versão sobre a participação do ex-ministro na manifestação, garantindo que o general não incorreu em qualquer tipo de transgressão disciplinar.
Segundo Pazuello, ele agiu de acordo com a "honra pessoal", citando o artigo 6 do Regimento Disciplinar do Exército.
Esse trecho do documento prevê que a aplicação do regimento da corporação deve ser aplicado levando em consideração o "sentimento de dignidade própria, como o apreço e o respeito de que é objeto ou se torna merecedor o militar, perante seus superiores, pares e subordinados”.