MINAS GERAIS

Vídeo: Queiroz participa de churrasco e de aglomeração com amigos em BH

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro esteve no Bairro São Bernardo, na Região Norte da capital mineira, no último fim de semana

O ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) Fabrício Queiroz esteve em Belo Horizonte no último fim de semana, onde participou de churrasco com amigos, que se aglomeraram em plena pandemia da COVID-19.

Queiroz fez vídeos no Bairro São Bernardo, na Região Norte da capital mineira, com várias pessoas - inclusive ele - sem máscara, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Os vídeos foram obtidos pela jornalista Alice Maciel, da Agência Pública. Neles, Queiroz aparece com um grupo de amigos em uma praça do bairro cantando e exaltando Jair Bolsonaro: “Estes são os veteranos do Bairro São Bernardo. São Bernardo raiz e Bolsonaro”, diz o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que tem parentes na localidade.

Em outro vídeo, Queiroz diz que está com os “veteranos do Bairro São Bernardo”, apontando para um carrinho de lanches. “Brasil acima de tudo. Brasil nunca terá a bandeira vermelha”, afirmou o ex-assessor, que, assim como na outra sequência de imagens, está sem máscara, igual aos amigos.

 

 

Em 11 de maio, Fabrício Queiroz foi vacinado contra a covid-19 e chegou a registrar o momento em sua rede social. A imunização ocorreu dois meses depois de Queiroz ganhar liberdade, fruto de uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Ele foi preso preventivamente em junho do ano passado.

Em agosto, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), colocou o ex-assessor em regime domiciliar, assim como a esposa Márcia Oliveira de Aguiar.

Queiroz é investigado um suposto esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), local onde Flávio Bolsonaro, um dos filhos do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), atuou como deputado estadual entre 2003 e 2018.

Em novembro de 2018, Queiroz, que também é ex-motorista e ex-coordenador de segurança de Flávio, foi citado em um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) por movimentar R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira "atípica". Em abril de 2019, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário de Queiroz, do senador Bolsonaro e de outras 84 pessoas e nove empresas entre 2007 e 2018.

Sua prisão preventiva e a da esposa foi solicitada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e acatada pela Justiça, pela suspeita de Queiroz estar atrapalhando as investigações. Durante as diligências, Márcia Aguiar foi procurada no Bairro São Bernardo. No entanto, ela não foi encontrada nos endereços vasculhados pelas autoridades.