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Bolsonaro exalta Caixa e chama Lula de 'ladrão de nove dedos'

Falas ocorreram um dia após Lula liderar a disputa presidencial para as eleições de 2022, de acordo com levantamento do Datafolha.

O presidente Jair Bolsonaro chamou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "ladrão de nove dedos". A declaração ocorreu durante a entrega de 500 unidades habitacionais no Residencial Oiticica I, em Alagoas. O mandatário comentava sobre o trabalho do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

"A Caixa, lá atrás, com aquele ladrão de nove dedos, dava prejuízo. Em nosso governo, com a liberdade que você tem, mais que lucro, ela traz benefícios para todos nós do Brasil".

Na ocasião, o ministro do Turismo, Gilson Machado, também criticou o petista afirmando que o presidente não precisar "tomar uma dose de cachaça para ficar no meio do povo".

Bolsonaro ainda fez afagos ao Congresso. "Vocês sabem que não é fácil ser chefe do Executivo. Mas temos que ter sempre um bom time ao seu lado. O nosso time do parlamento brasileiro é excepcional. Não são todos, mas é a maioria que sabe e respeita o mandato que vocês deram a todos eles. Agradeço a bancada de Alagoas que tem nos ajudado e muito em projetos que cada vez mais transformam o nosso país", concluiu.

As falas ocorreram um dia após Lula liderar a disputa presidencial para as eleições de 2022, de acordo com levantamento do Datafolha. O petista está 18 pontos percentuais à frente de Bolsonaro no primeiro turno e 23 no segundo. Lula teria, de acordo com a pesquisa, 41% dos votos no primeiro embate, enquanto Bolsonaro levaria 23%. No segundo, o placar mostra 55% contra 32% a favor do candidato de esquerda.

A pesquisa chega no momento em que Lula, com os direitos políticos restituídos, busca alianças pelo país, e o presidente da República sofre críticas pelo comando à frente do combate à pandemia e covid-19, e encara uma CPI que investiga as ações do governo na crise sanitária e acusações de corrupção. Na ocasião, ele também disparou ataques contra o senador Renan Calheiros (MDB), relator da CPI da covid.

 

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