O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a aprovação do voto impresso durante evento de anúncio da Caixa Econômica para investimentos em preservação, ocorrido no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (12/5). O mandatário emendou que, com a medida, não haverá mais "dúvidas" sobre o processo.
"Tenho certeza que nas urnas de 2022, com o voto auditável aprovado por vocês, tendo à frente a (deputada) Bia Kicis, não teremos mais dúvida. Não pairará qualquer sombra de dúvida na cabeça de qualquer cidadão brasileiro se o processo foi conduzido com lisura ou não, porque será dessa maneira", apontou.
O chefe do Executivo ainda enviou um recado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte não recorra da medida, caso a mesma passe no Congresso.
"Digo mais: Se o parlamento brasileiro promulgar, teremos voto impresso em 2022. Se vocês promulgarem até o início de outubro desse ano, teremos voto impresso em 2022. Ninguém passará por cima da decisão do parlamento brasileiro. Chega de sermos atropelados. O respeito tem que existir entre todos. Se se acostumaram no que era errado, vamos mudar porque é um clamor do povo e também ser leal ao parlamento brasileiro", declarou.
Bolsonaro disse ainda que o governo "fez o que pôde" em relação à pandemia, que já vitimou mais de 425 mil brasileiros. Referindo-se indiretamente à CPI, relatou "não temer absolutamente nada" e que os erros em sua gestão não tiveram efeito colateral. "Um governo que também erra. Mas os nossos erros não têm efeito colateral. Porque até quando isso por ventura possa ocorrer, nós voltamos atrás. Um governo que faz a sua parte, que não tem o reconhecimento de grande parte da mídia".
E acrescentou: "Temos certeza que dias melhores teremos pela frente. Essa pandemia realmente foi um castigo para o mundo todo. O governo fez o que pôde. Os que não fizeram nada, agora querem atrapalhar o governo. Acredito nas instituições, não temo absolutamente nada e deixo bem claro: Só Deus me tira daqui. Não queremos desafiar ninguém, respeito os demais, mas vão nos respeitar. Nunca tiveram da minha parte uma só sugestão, ato ou palavra para censurar quem quer que seja. Somos um país livre, direitos fundamentais são para ser respeitados".
Três vezes
"Não posso garantir. Passa pelo parlamento. As três vezes que nós passamos o voto impresso e o STF derrubou, né, passou pelo parlamento, obviamente. Dessa vez, passando e promulgando, não vai ser derrubado não, tenho certeza disso", alegou.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), determinou a criação de uma comissão especial para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC). A data da instalação ainda não foi definida e depende da definição dos integrantes do novo colegiado. A proposta teve a admissibilidade aprovada em dezembro de 2019 pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O mandatário alegou, no fim de semana que, “ganhe quem ganhar, mas na certeza, não na suspeição da fraude”.
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