O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (6/5) que negocia a ida para dois partidos políticos. Ele repetiu que sua filiação ao Aliança pelo Brasil, sigla que pretendia tirar do papel a tempo das eleições, está inviabilizada. A declaração foi feita a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
“O Aliança, no meu entender, dificilmente vai se formar este ano. Estou acertando, na reta final. É igual a um casamento. Era para ser até março, não deu certo. Tenho dois partidos em vista. Por mim seria ontem, mas tem que ir numa boa. O PSL, no ano passado, foi em cima da hora. Bons deputados foram eleitos, outros nem tanto. Deu aquela confusão toda”, apontou.
A possibilidade é de que o chefe do Executivo escolha entre o Brasil 35, antigo Partido da Mulher Brasileira, ou ainda o PRTB, partido que abriga o vice-presidente, Hamilton Mourão.
No último dia 19, Bolsonaro disse que escolheria o partido até o fim do mês de abril porque já estava “atrasado”.
Burocracia
Em janeiro, o mandatário também reclamou da burocracia para fundar o partido. "É muita burocracia, muito trabalho, certificação de fichas, depois passa pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) também. Então, o tempo está meio exíguo para a gente. Não vamos deixar de continuar trabalhando, mas vou ter que decidir. Porque não é por mim, não estou fazendo campanha para 2022, tá certo. Mas o pessoal quer disputar e queria estar num partido pelo qual tivesse simpatia", alegou na data, quando completou que decidiria ainda em março a nova casa.
Bolsonaro ainda está longe de atender aos requisitos para ter o Aliança pelo Brasil registrado no TSE. São necessárias 492 mil assinaturas para que a legenda seja criada.
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