O prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi extubado, na tarde desta segunda-feira (3/5), após o estancamento de um sangramento no estômago. A lesão foi constatada no domingo (2/5) e surgiu por causa de um câncer maligno na cárdia (a transição entre o fígado e o esôfago) que o político trata há quase dois anos.
Mesmo com a retirada do tubo, Covas segue internado, em observação pela equipe médica. Ele está em um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
No domingo, Covas foi ao hospital para fazer exames de sangue, de imagem e endoscópico, com o objetivo de prosseguir com o tratamento quimioterápico e imunoterápico contra o câncer. A partir do diagnóstico do sangramento, entretanto, os médicos decidiram sedá-lo para tratar o problema e evitar que o quadro de saúde do político ficasse ainda mais delicado.
Covas descobriu o câncer em outubro de 2019. À época, ele fazia exames para investigar o surgimento de uma trombose, mas os procedimentos apontaram a existência de três tumores — um no fígado, um na cárdia e outro nos gânglios linfáticos. Os médicos atacaram a doença com os tratamentos de imunoterapia e quimioterapia, e dois dos três ferimentos chegaram a desaparecer.
Em fevereiro deste ano, a equipe médica de Covas identificou um novo tumor no fígado, e o prefeito retornou à quimioterapia. Entretanto, ao longo dessa nova etapa do tratamento, a doença se mostrou mais agressiva, espalhando-se para outros pontos do fígado e alguns ossos do político. Foi constatado que o prefeito tem cinco tumores no fígado, um na estrutura da bacia e outro na coluna vertebral.
Por conta do agravamento do seu quadro de saúde, Covas decidiu se licenciar do cargo de prefeito de São Paulo para fazer o tratamento do câncer. Com o afastamento dele, o vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), assumiu o posto.