Três meses depois de promover mudanças na chefia da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro reconheceu que interferiu na estatal para substituir o ex-presidente Roberto Castello Branco por Joaquim Silva e Luna.
Ao conversar com apoiadores na noite desta sexta-feira (28/5), o chefe do Executivo disse que é uma prerrogativa dele escolher quem bem entender para o comando de instituições vinculadas ao governo federal.
"Da nossa parte eu troquei o comando da Petrobras. No começo foi um escândalo. "Interfere". É para interferir mesmo. Eu sou o presidente. Ou eu assumo e tenho que manter todo mundo empregado?", questionou Bolsonaro.
À época das mudanças, o presidente demonstrou muita insatisfação pelo trabalho desempenhado por Castello Branco, em especial por conta da constante alta no valor dos combustíveis. Silva e Luna, segundo Bolsonaro, foi escolhido para mudar essa situação.
"Ele (Silva e Luna) foi para lá, assumiu. O então presidente levou quase dois meses para sair, porque tem conselho que vota. O negócio é burocrático. E ele está ultimando estudos, com o conselho novo também, que foi colocado lá, para ter previsibilidade no aumento de combustíveis. Não é interferência, é previsibilidade", explicou.
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