O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), integrante da "tropa de choque" do governo na CPI da Covid do Senado, reconheceu que o presidente Jair Bolsonaro se equivoca e não age como "um líder" ao promover aglomerações e recomendar que pacientes infectados com o novo coronavírus sejam tratados com cloroquina e outros medicamentos sem eficácia comprovada para esse tipo de tratamento. Girão abordou o assunto nesta terça-feira (25/5), durante depoimento prestado à CPI pela secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como "Capitã Cloroquina".
O senador fez as declarações em uma tentativa de mostrar que a cloroquina só está no centro das discussões porque o presidente da República recomendou o medicamento. "Eu discordo do presidente da República quando ele vai e mostra um remédio, por melhor que seja a intenção dele, eu discordo, isso não é papel de um líder. Discordo quando causa aglomeração, quando não usa máscara; é um exemplo ruim. Mas, foi porque ele fez esse gesto equivocado [o senador levanta as mãos repetindo gesto que Bolsonaro fez ao recomendar a cloroquina] que certos medicamentos, que existem há décadas, foram completamente demonizados", disse Eduardo Girão.
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