Operação Akuanduba

Presidente do Ibama é afastado pela Justiça em operação que mira contrabando

A Operação Akuanduba faz buscas em endereços ligados ao ministro Ricardo Salles e ao Ministério do Meio Ambiente. As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF)

Correio Braziliense
postado em 19/05/2021 08:18 / atualizado em 19/05/2021 09:49
 (crédito: Ibama/Divulgação)
(crédito: Ibama/Divulgação)
O presidente do Ibama, Eduardo Bim, foi afastado do cargo por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é um dos alvos da operação Akuanduba, que investiga supostos crimes relacionados ao contrabando ilegal de madeira. Além de Bim, outras nove pessoas foram afastadas de suas funções.
Eduardo Bim assumiu o instituto em 2019, indicado por Ricardo Salles. Advogado e procurador da Advocacia-Geral da União (AGU), Bim se posiciona pela desburocratização das leis ambientais e é autor de livros jurídicos que tratam de temas de licenciamento ambiental.
Cerca de 160 policiais federais cumprem 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em São Paulo e no Pará em operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (19/5). A Operação Akuanduba faz buscas em endereços ligados ao ministro Ricardo Salles e ao Ministério do Meio Ambiente. 
A ofensiva visa apurar crimes contra a administração pública - corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, especialmente, facilitação de contrabando - supostamente praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro, diz a PF.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações tiveram início em janeiro deste ano "a partir de informações obtidas junto a autoridades estrangeiras noticiando possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira".
A corporação informou que o nome da ofensiva, Akuanduba, faz referência a "uma divindade da mitologia dos índios Araras, que habitam o Estado do Pará". "Segundo a lenda, se alguém cometesse algum excesso, contrariando as normas, a divindade fazia soar uma pequena flauta, restabelecendo a ordem", registrou a PF em nota.
 

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