O presidente Jair Bolsonaro relatou nesta sexta-feira (14/5) ter pressionado seu médico para que receitasse cloroquina a ele quando foi diagnosticado com covid-19, em julho do ano passado. Declaração foi feita durante passagem pelo Mato Grosso do Sul.
"Eu, quando senti o problema, chamei o meu médico. Tem alguns, né. O pessoal reclama, fazer o quê? Eles cuidam da minha saúde. Eles acham que é melhor eu estar vivo do que outro no meu lugar, no momento. Chamei o médico e ele falou: 'Você está com todos os sintomas'. Daí, eu peguei a caixinha de cloroquina, e ele falou: 'Ah, vamos esperar um pouquinho mais'. Eu falei: 'Ó, ô bicho, você quer voltar para a tropa ou quer que eu tome cloroquina agora?'", contou. O medicamento, no entanto, é fortemente desaconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na ocasião em que recebeu diagnóstico positivo para a doença, o mandatário passou cerca de 15 dias em quarentena, despachando por videoconferência na residência oficial. "A saúde é minha. É uma doença que ninguém sabe quase nada sobre ela. No dia seguinte, eu estava bom. Muita gente tomou isso, tomou ivermectina. Agora tem um novo (medicamento) que chegou aí. Chegou outro que não vou falar o nome aqui porque vai ser criminalizado e salvou muitas vidas", alegou.
O mandatário disse não ser médico, mas defendeu que não se deve criminalizar quem recomende os medicamentos, apesar de não haver comprovação científica contra covid-19.
Coca-cola
"Eu não sou médico, não. Eu não sou médico. Quando tenho problema de estômago, sabe o que eu tomo? Coca- Cola. Ninguém me vem encher o saco dizer que eu tenho que tomar outra coisa. O bucho é meu. Daí pintou o caso da cloroquina nessa pandemia. Quem é contra, é um direito dele. Agora, não vai querer criminalizar quem a use", concluiu.
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