Presidente regional da Pfizer na América Latina e ex-presidente da companhia no Brasil, o boliviano Carlos Murillo se emocionou no início do depoimento nesta quinta-feira (13/5) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, instalada pelo Senado Federal. O executivo abriu o depoimento dizendo que a empresa deve conseguir imunizar a metade da população brasileira.
“Assinamos nosso contrato de fornecimento da vacina ao Brasil por 100 milhões de doses. Prevê entrega de 13,5 milhões de doses no segundo trimestre e mais 86 milhões no terceiro trimestre. No primeiro, vamos ser capazes de fornecer no Brasil 15,5 milhões de doses”, começou a dizer Murillo, já com a voz embargada.
“Estamos nas fases finais do segundo contrato com o Brasil, também por adicionais 100 milhões de doses. O contrato prevê entrega no quatro trimestre deste ano. Com satisfação e orgulho muito sentido que sei que hoje vamos conseguir vacinar com essa vacina quase metade da população do Brasil. Ainda temos muito a fazer, mas estamos convencidos que, juntos, continuando trabalhando, vamos conseguir sair exitosamente deste difícil momento para o Brasil e o mundo”, completou, emocionado, Carlos Murillo.
Murillo foi convocado pois há suspeita de que o governo federal assinou acordo para compra de vacinas com alguns meses de atraso, somente em março de 2021. Houve oportunidade de adquirir os imunizantes ainda em agosto de 2020, mas o governo não teria respondido a empresa. As conversas com a companhia tiveram início em maio de 2020.
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