O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (7/5) não ser “politicamente correto, mas um brasileiro correto”. Em solenidade em Rondônia, o chefe do Executivo voltou a atacar governadores e prefeitos por conta de medidas restritivas no país, defendeu que o Brasil não pode parar e pressionou para que governadores recuassem do lockdown.
“A gente lamenta todas as mortes durante a pandemia, mas não podemos parar. O Brasil não pode parar, o mundo também e nós temos que decidir. Eu sempre digo: pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Eu como chefe do Executivo Federal, dois governadores aqui [do Acre, Gladson Cameli, e Marcos Rocha, de Rondônia], vários prefeitos presentes, vocês têm que decidir. Nós não podemos simplesmente ficar em casa, dar as costas para as necessidades do nosso povo. Temos que nos apresentar, botar a cara a tapa, dar exemplo, e exemplo é estar no meio do povo", apontou.
"Quem não caminha no meio de vocês, não conhece o Brasil. Sempre estive do lado de vocês. Críticas fazem parte, ignoro-as. Não sou politicamente correto. Eu sou um brasileiro correto como a maioria de vocês, ou quase todos vocês", acrescentou.
Tarcísio
Bolsonaro também voltou a tecer elogios ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e disse que ele possui "coração verde e amarelo". Ele seria tido como um dos preferidos de Bolsonaro para compor a chapa de vice em 2022.
"Tive a liberdade de escolher ministros capacitados e isentos para nos ajudar a levar esse Brasil para frente. Desde o começo eu falei: 'Não vamos nos preocupar com obras nossas, dizer que aquilo é meu ou não é meu'. Tudo o que tem pelo Brasil e tem que ser concluído, vamos nos empenhar. E essa obra, essa ponte é o exemplo disso. Aqui, o comandante foi o Tarcísio, homem formado na Academia Militar das Agulhas Negras, assim como eu, formado pelo Instituto Militar de Engenharia. O homem que tem o coração verde e amarelo igual vocês", destacou.
"O que eu sempre digo, as boas pessoas têm que aparecer e aparecem para que as más deixem de estar à frente do destino do Brasil", concluiu. Na plateia, bolsonaristas gritaram que Tarcísio Freitas poderia tirar João Doria do governo de São Paulo. O ministro, no entanto, já negou que pretende concorrer na capital paulista.
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