Congresso

CPI da Covid define depoimentos da próxima semana

O ex-secretário especial de Comunicação do governo federal Fábio Wajngarten, o ex-chanceler Ernesto Araújo e representantes do laboratório Pfizer estão entre os que serão convocados

Jorge Vasconcellos
postado em 05/05/2021 18:54
 (crédito: Alan Santos/PR - 18/12/19)
(crédito: Alan Santos/PR - 18/12/19)

A CPI da Covid do Senado aprovou, nesta quarta-feira (5/5), requerimentos de convocação para depoimentos que ocorrerão na próxima próxima semana. Ficou acertado que, na terça-feira (11/5), a Comissão Parlamentar de Inquérito vai ouvir o ex-secretário especial de Comunicação do governo federal Fábio Wajngarten e representantes do laboratório Pfizer.

Wajngarten será convocado em razão de entrevista que ele concedeu à Veja, na qual atribui à "incompetência" da equipe técnica do Ministério da Saúde a dificuldade do Brasil para adquirir um estoque necessário de vacinas para imunizar a população contra a covid-19. O ex-secretário diz também, durante a entrevista, que atuou pessoalmente nas negociações com a Pfizer.

O laboratório, em comunicado divulgado em janeiro último, informou ter proposto ao Brasil, em agosto de 2020, a venda de 70 milhões de doses de vacina, com o início da entrega dos imunizantes a partir de dezembro do mesmo ano. O governo brasileiro, porém, decidiu não avançar nas negociações.

Segundo o requerimento de convocação de representantes da Pfizer, serão chamados a depor a atual presidente da farmacêutica no Brasil, Marta Díez, e seu antecessor no cargo, Carlos Murilo.

Produção de vacinas

Para quarta-feira (12/5), estão previstos os depoimentos da presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade Lima, e do diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas. Segundo anunciou Aziz durante entrevista coletiva, ambos vão depor juntos, pelo fato de a pauta ser a produção de vacinas.

Para quinta-feira (13/5), serão convocados o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo e um representante do laboratório União Química, responsável, no Brasil, pelas negociações envolvendo a vacina russa Sputnik V. O ex-chanceler foi demitido do cargo em março, ao ser apontado como um dos principais responsáveis por problemas diplomáticos que dificultam o acesso do país a insumos para vacinas contra a covid-19.

A CPI também aprovou a convocação do secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, mas a data do depoimento ainda não foi definida.

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