O presidente Jair Bolsonaro insinuou nesta quarta-feira (5/5) que a China pode ter criado o novo coronavírus em laboratório como arma para uma "guerra química". No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmou em março, após estudos, que o vírus provavelmente teve origem a partir do contágio direto de animal para humano.
"É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou se nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu o seu PIB? Não vou dizer para vocês", completou.
O mandatário relatou ainda que é preciso coragem para enfrentar a doença. "Se algum de vocês perceber um barulho na porta, ou na cozinha de vocês, à noite, vocês vão fazer o quê? Vão para baixo da cama? Ou vão se preparar para aquela pessoa que, com toda certeza, está invadindo seu imóvel? Com o vírus é a mesma coisa, temos que enfrentá-lo".
Bolsonaro também defendeu o que chama de "tratamento precoce" apesar da falta de comprovação científica e chamou de "canalha" aqueles que criticam o uso de remédios como a cloroquina no tratamento ao vírus.
Ainda hoje, durante cerimônia de abertura da Semana das Comunicações, o presidente ameaçou baixar decreto contra o lockdown adotado por governadores e prefeitos na tentativa de conter a disseminação do vírus em meio às mais de 400 mil mortes por covid-19.
"Nas ruas, já se começa a pedir, por parte do governo, que ele baixe um decreto, e, se eu baixar um decreto, vai ser cumprido. Não será contestado por nenhum tribunal, porque ele será cumprido", bradou.
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