O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta quarta-feira (5/5) requerimentos feitos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 a respeito de deslocamentos que ele tenha efetuado em comércios feitos por regiões de Brasília e do Entorno do Distrito Federal desde março do ano passado. Enquanto cientistas, médicos e entidades globais pediam restrição na circulação de pessoas e distanciamento social, o mandatário percorria a capital do país, provocava aglomerações e violava orientações sanitárias. "Não interessa onde eu estava", rebateu o chefe do Executivo durante abertura oficial da Semana das Comunicações no Palácio do Planalto.
O chefe do Executivo disse "respeitar" a comissão, mas que procura dar "exemplo" estando ao lado da população. "Eu sempre estive no meio do povo, estarei sempre em meio do povo. Recebo agora documentos da CPI para dizer onde eu estava nos meus últimos fins de semana, 50. Não interessa onde eu estava. Respeito a CPI. Estive no meio do povo. Tenho que dar exemplo. É fácil para mim ficar dentro do Palácio da Alvorada. Tem tudo lá", alegou.
O presidente relatou ainda ter certeza de que a CPI será "excepcional" no final da linha e comentou sugestões para que profissionais que defendam o chamado tratamento precoce deponham na comissão. "Vai mostrar, sim, o que alguns fizeram, erradamente, com os bilhões entregues pelo governo para seus respectivos estados e municípios. Junto àqueles que são isentos e apoiam a verdade, senadores, estamos sugerindo que seja convocada ou convidada autoridade que venha falar do tratamento precoce".
As saídas de Bolsonaro são alvo de requerimento aprovado pelos senadores a pedido de Eduardo Girão (Podemos-CE), aliado do governo. Ele sugeriu que sejam requisitados registros dos deslocamentos do presidente pelo comércio do DF e Entorno desde 1º de março do ano passado. A ideia é verificar se o comportamento contra as medidas de isolamento, de fato, tem relação com o agravamento da pandemia.
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