O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou, nesta terça-feira (4/5), em depoimento à CPI da Covid no Senado que o presidente Jair Bolsonaro tinha uma "assessoria paralela" para tratar de assuntos relacionados à pandemia da covid-19. De acordo com Mandetta, o chefe do Executivo se encontrava com pessoas que não faziam parte do governo, entre elas médicos que faziam recomendações sobre a doença.
O ex-ministro afirmou que o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, esteve presente em diversas reuniões sobre o tema. "Em diversas reuniões no Palácio do Planalto, o vereador, filho do presidente da República, estava presente, tomando nota", disse Mandetta. Ele citou, que neste encontro, estava sob a mesa um ofício recomendando que fosse alterada a bula da cloroquina, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A alteração deveria ocorrer para incluir a covid-19 entre as doenças "tratadas" com o medicamento. No entanto, de acordo com Mandetta, o presidente da Anvisa, presente na reunião, se negou a atender o pedido. Na ocasião, havia um grupo de médicos em reunião com o governo.
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