O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), está recebendo alimentação complementar por via intravenosa e apresenta acúmulo de líquidos ao redor do pulmão e no abdômen. Essa retenção é decorrente de uma inflamação causada por um dos tumores que atingem o fígado, motivo pelo qual segue sem previsão de alta no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele só deve ter alta quando o volume de líquido for reduzido.
A alimentação complementar está sendo aplicada à noite, mas Covas tem comido normalmente. A opção pela complementação, segundo a equipe médica, se deu para tentar aumentar o peso do prefeito, para fortalecê-lo enquanto passar pelo tratamento.
Apesar do cenário adverso, o infectologista David Uip, diretor do Centro de Infectologia do Sírio-Libanês, afirmou que Covas apresenta boa condição clínica e se mantém apto para permanecer exercendo o mandato enquanto segue o tratamento.
Os líquidos estão acumulados no espaço pleural e espaço peritoneal, ao redor dos órgãos do tórax, porém, segundo os médicos, não afetam a respiração do prefeito. O processo de extração do líquido excedente teve início na segunda-feira. Os drenos, instalados nas laterais do corpo, só serão retirados quando o volume de líquido reduzir, o que ainda não tem previsão de ocorrer.
Covas tem cinco tumores no fígado, um na estrutura da bacia e outro na coluna vertebral. Os novos pontos foram descobertos no dia 15, após exames complementares. “O surgimento de metástase nos ossos e novas lesões no fígado mostram agravamento da doença e, por isso, houve mudança de estratégia no tratamento oncológico”, afirmou Uip.
Numa rede social, Covas publicou: “A luta continua e o trabalho não pode parar. O apoio e o carinho que recebo todos os dias me dão cada vez mais força. Seguirei como sempre: de cabeça erguida e cumprindo, com minha equipe, nossos compromissos com São Paulo”, disse o texto.