O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) lançou candidatura alternativa para a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Segundo o parlamentar destacou, “a investigação deve ser conduzida de forma justa e imparcial para não acabar em pizza”. Girão também afirma que é independente em relação ao governo.
A CPI deve ser instaurada nesta quinta-feira (22/4). A expectativa é que o senadores Osmar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ocupem, respectivamente, os cargos de presidente e vice-presidente, conforme acordo firmado entre os parlamentares. A relatoria ficará a cargo de Renan Calheiros (MDB-AL).
Girão, no entanto, não gostou do combinado. "Não tenho nenhuma indicação na administração pública, seja ela municipal, estadual ou federal e reafirmo minha total independência ao Governo Federal. Irei disputar na intenção de atender aos legítimos anseios da sociedade que espera que a CPI tome rumos justos, amplos e com verdadeira independência, investigando Governo Federal e o repasse de centenas de bilhões de reais aos Estados e Municípios”, disse.
De acordo com o senador, que é autor do segundo pedido de CPI que resultou em um aumento na amplitude das investigações, que vão mirar o governo federal e as verbas repassadas a estados e municípios, a independência do colegiado dependerá “do perfil dos nomes do Presidente e relator”, completou. O parlamentar afirmou que há o risco de o colegiado virar palanque político e terminar em pizza.
“O povo não quer palanque político eleitoral para 2022. Aliás, isso seria uma covardia, um desrespeito com a dor das pessoas. A CPI precisa ser muito técnica, e que possa buscar toda verdade e não apenas parte dela”, disparou.