LOCKDOWN

Bolsonaro sobre restrições no país: 'Faço o que o povo quiser que eu faça'

Chefe do Executivo voltou a dizer também que caso as medidas de lockdown continuem, poderá faltar dinheiro para o pagamento de servidores públicos

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (14/4) que “fará o que o povo quiser que ele faça” em relação ao lockdown adotado por líderes estaduais e municipais. Enquanto isso, o país vem sofrendo a cada dia com a escalada de óbitos causados pela covid-19 e pela lentidão da vacinação na população. Declaração foi feita a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

O chefe do Executivo voltou a dizer também que caso as medidas de lockdown continuem, poderá faltar dinheiro para o pagamento de servidores públicos. "Alguns querem que eu tome providência já. O pessoal tem que se conscientizar do que está acontecendo. Já conversou com seu vizinho que é a favor do lockdown? Como ele vive? Ele é um servidor publico? Fala para ele que a economia como está indo, pode cair a arrecadação. Pode acontecer isso daí e não vai ter dinheiro para pagar o salário dele também, pô. Ou tu acha que esse salário nunca pode deixar de existir se continuar a economia desta maneira?", questionou.

"Será que o pessoal não consegue entender que está errado essa política do feche tudo, do lockdown? Não consegue entender, não tem coração, pô. Só digo uma coisa: eu faço o que o povo quiser que eu faça. Tá ok?".

Sinalização

Na conversa, ele destacou ainda que parte da população espera que ele tome "providências" e que "está aguardando o povo dar uma sinalização". Porém, o mandatário não esclareceu qual seria a medida a ser tomada. "Vai ter escassez, o que é comum quando tem escassez? O preço sobe, inflação. Vão culpar quem? O Brasil está no limite. Pessoal fala que eu devo tomar providência. Estou aguardando o povo dar uma sinalização. Porque a fome, a miséria, o desemprego, está aí. Só não vê quem não quer. Ou quem não está na rua. Eu sempre tive na rua", apontou.

Por fim, Bolsonaro ponderou que "não está ameaçando ninguém". "Eu não estou ameaçando ninguém, mas estou achando que brevemente teremos um problema sério no Brasil. Dá tempo de mudar ainda, é só parar de usar menos a caneta e um pouco mais o coração", concluiu.

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