Em visita a Chapecó (SC) nesta quarta-feira (7/4), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar as medidas restritivas contra o novo coronavírus. Ao falar do tratamento precoce, o governante chegou a comparar o vírus da Aids com da COVID-19.
Bolsonaro usou a visita para promover novamente o tratamento precoce contra o novo coronavírus, a hidroxicloroquina e a ivermectina, remédios sem comprovação científica contra a COVID-19. Em sua justificativa, ele comparou os métodos usados nos anos 80 contra a Aids e a situação que o país enfrenta com esta pandemia.
"Eu acredito na ciência, mas a ciência por vezes demora. Naquela época, o que foi usado para combater o HIV? O coquetel do AZT. Era comprovado cientificamente? Não. Se não tivesse usado, não chegaríamos no futuro ao coquetel”, afirmou.
Ele também chegou a se referir como 'classe específica que tinha um comportamento sexual diferenciado', relacionando a doença às pessoas homossexuais.
Ao citar hidroxicloroquina e ivermectina, o presidente reforçou que é de autonomia do profissional da saúde receitar ou não os medicamentos sem comprovações científicas. “Se o paciente está com a doença e não tem o remédio específico comprovado cientificamente, tem que buscar uma alternativa. Não sei como salvar vidas, não sou médico, não sou enfermeiro, mas tem que buscar uma alternativa para isso”, afirmou.
Bolsonaro falou que o governo federal fez a própria parte. “Acho que sou o único líder mundial que apanha isoladamente. O mais fácil é ficar do lado da massa, da grande maioria. Se evita problemas, não é acusado de genocida, não sofre ataques por parte de gente que pensa diferente. O nosso inimigo é o vírus, não é o presidente, governadores e prefeito. Dá para sairmos dessa”, disse.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
- Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus