O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a política de lockdown em meio à pandemia de covid-19 no país. Até o momento, 337 mil brasileiros perderam a vida para o vírus. Por conta das restrições a comércios e toque de recolher, o mandatário caracterizou que "falta humanidade" a governadores e prefeitos. A declaração ocorreu durante a cerimônia de inauguração do novo pátio de manobras e da duplicação da via de acesso ao Aeroporto de Foz do Iguaçu (PR). Mais cedo, ele esteve em Chapecó, Santa Catarina, onde defendeu o ineficaz "tratamento precoce".
"(Venho) apelar para todos os governadores e prefeitos do Brasil, todo homem que trabalha, toda atividade que ele exerce para levar o pão para casa é uma atividade essencial. Essa política de "fique em casa" e tirar emprego dos outros, de fechar o comércio está empobrecendo o nosso país. Sabemos do problema do vírus, mas sabemos também do problema do desemprego. Imaginem os senhores, estando desempregado não podendo levar o pão para casa, para os filhos como estaria a vida de vocês", apontou.
Ele completou dizendo que o desemprego pode causar mais mortes que o vírus. "Realmente está faltando um pouco de humanidade por parte de muitos governadores e prefeitos do Brasil nessa questão da pandemia no Brasil. Lamentamos as mortes, queríamos que ninguém morresse, mas temos uma realidade pela frente. O desemprego é o efeito colateral mais danoso que o próprio vírus. Cumprimento a vocês que trabalharam, apelo aos governadores e prefeitos".
Privatizações
O presidente também cumprimentou a Infraero pelo trabalho no aeroporto e relatou que o governo está interessado em privatizações no país. "O que nós pudermos fazer para privatizar parte das estatais, nós faremos", destacou.
Bolsonaro mencionou o general Silva e Luna que ocupará a presidência da Petrobras. Ele caracterizou que o mesmo fará um trabalho diferenciado do que vinha sido feito até então.
"Cumprimento a Itaipu Binacional na pessoa do Silva e Luna que agora está indo para a Petrobras onde vai exercer o trabalho um pouco diferente, para não falar muito, do que vinha sido feito até o momento. Todas as estatais são importantes. O que nós pudermos fazer para privatizar parte das estatais, nós faremos. Como disse o presidente da Infraero, não teríamos recurso para investir mais pelo Brasil se nós não passarmos para a iniciativa privada a administração desses aeroportos e portos que estão na pauta de concessões nos próximos dias".
Por fim, ele elogiou a obra no aeroporto. "O Paraná está de parabéns, vai receber voos do mundo todo. É uma cidade com uma vocação enorme de turismo dado que tem aqui do lado pra mim mais uma das grandes maravilhas do mundo, que são as Cataratas e tenho certeza que todo mundo ganhará com isso. Não só o município, bem como o estado e o Brasil", concluiu.