A diretoria da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) vai se reunir, nesta quinta-feira (15/4), para discutir a posição que será tomada depois do anúncio da exoneração do superintendente da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva. O delegado é o autor da notícia-crime apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira (14), contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Ele acusa o ministro de exercer advocacia administrativa e de integrar organização criminosa formada também por empresas madeireiras.
A informação sobre a reunião da diretoria da ADPF foi passada nesta tarde ao Correio pelo diretor da entidade, Edvandir Paiva, em meio a rumores de um possível pedido de demissão coletiva de superintendentes regionais da PF.
Na notícia-crime, o delegado acusa o ministro, o presidente do Ibama, Eduardo Bim, e o senador Telmário Mota (PROS-RR) de dificultarem a ação fiscalizadora do poder público no meio ambiente ao atuarem na defesa de empresários acusados de extraírem aproximadamente 200 mil metros cúbicos de madeira, apreendidos pela PF.
"Em razão da magnitude dos resultados, apreensão de madeiras com valor estimado em R$ 129.176.101,60, o setor madeireiro iniciou a formação de parcerias com integrantes do Poder Executivo, podendo-se citar o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o parlamentar Telmário Mota (PROS), no intento de causar obstáculos à investigação de crimes ambientais e de buscar patrocínio de interesses privados e ilegítimos perante a Administração Pública", diz trecho do documento enviado pelo delegado ao Supremo.
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