O presidente Jair Bolsonaro dá posse, na manhã desta terça-feira (6/3), aos novos ministros de Estado da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Anderson Gustavo Torres, do Ministério da Defesa, Walter Braga Netto, do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, do Ministério da Saúde, Marcelo Queiroga, da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, e da Advocacia-Geral da União, André Mendonça. A cerimônia ocorre na Sala de Audiência do Palácio do Planalto.
No entanto, alguns dos ministros já assinaram o termo de posse na semana retrasada, a exemplo do AGU e Torres. Segundo o governo, cada ministro terá um horário entre 9h e 11h para participar da solenidade, que será fechada à imprensa e com menor número de pessoas. A posse de Flávia Arruda está marcada para as 11h.
No último dia 23, Queiroga tomou posse na Saúde no lugar do general Eduardo Pazuello. Os outros ministros foram trocados no dia 29 de março em uma reforma ministerial promovida pelo presidente.
A contragosto, o mandatário aceitou a demissão do chanceler Ernesto Araújo, que estava sob ameaça de pedido de impeachment por parte de senadores.
Para congressistas, o ministro foi o principal responsável por atrapalhar a assinatura dos contratos, sobretudo por conta da forma que ele conduz a política externa brasileira.
A gota d’água para sua saída foi o embate com o Congresso ao insinuar que a senadora Kátia Abreu (PP-TO) estava fazendo lobby pelo 5G e que ela nunca o criticou por conta de eventuais falhas para garantir vacinas contra o novo coronavírus ao Brasil.
Em seguida, veio a mudança que mais causou surpresa na cúpula do Exército, a demissão do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. O presidente leu a entrevista do general Paulo Sérgio, chefe do Departamento-Geral de Pessoal do Exército, concedida ao Correio, e se irritou com a entrevista que destacou medidas que impediram mortes por covid-19 no Exército.
Outra troca significativa que simboliza a ascensão do centrão ao primeiro escalão ocorreu na Secretaria de Governo da Presidência da República, com a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) que será a responsável pela articulação política do governo, substituindo o general Luiz Eduardo Ramos, que assume a Casa Civil com a saída do general Braga Netto.
A dança das cadeiras também passou por André Mendonça, que estava no Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele voltou para a Advocacia-Geral da União (AGU), cargo que ocupou até abril do ano passado. Mendonça substituirá José Levi, que também foi demitido após não ter assinado a ação que o Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir governadores de adotarem medidas restritivas de circulação durante o agravamento da pandemia da covid-19.
No posto do Ministério da Justiça e Segurança Pública assume o delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres, que era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. No Ministério da Defesa, sai o general Fernando Azevedo e entra o general Walter Souza Braga Netto.
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